O tratamento de efluentes industriais realizado de forma adequada é essencial para proteger o meio ambiente e garantir a sustentabilidade das operações. Toda empresa que queira manter-se em dia com as suas responsabilidades e continuar crescendo no mercado, precisa estar atenta quanto às suas obrigações.
Neste blogpost, explicaremos os processos físicos, químicos e biológicos utilizados no tratamento de efluentes industriais, destacando suas principais características e benefícios. Acompanhe!
Conteúdo do Artigo
ToggleProcessos físicos
Esses tipos de processos de tratamento baseiam-se em princípios físicos para separar as impurezas do efluente. Conheça alguns dos principais exemplos.
- Gradeamento: esse é o processo inicial de remoção de sólidos grosseiros do efluente. Utilizando grades ou barras, são retidos objetos maiores, como pedaços de plástico, madeira e outros materiais indesejados.
- Peneiramento: já o peneiramento envolve a passagem do efluente por uma peneira ou tela fina para remover sólidos menores, como partículas sólidas suspensas.
- Caixas separadoras de óleos e gorduras: esses recursos são utilizados para separar esses compostos do efluente, impedindo sua contaminação. O efluente passa por uma câmara onde a gordura e o óleo flutuam e são separados antes que o líquido limpo seja direcionado para o próximo estágio do tratamento.
- Sedimentação: a sedimentação ocorre em tanques de decantação ou bacias de sedimentação, onde o efluente é armazenado em repouso para que as partículas sólidas mais pesadas se depositem no fundo. O líquido mais limpo é removido da parte superior do tanque.
- Flotação: aqui há um processo em que pequenas bolhas de ar são introduzidas no efluente, fazendo com que as partículas suspensas se aglutinem e formem uma espuma que flutua na superfície. Essa espuma é então removida, levando consigo as impurezas.
Processos químicos
Os processos químicos envolvem a utilização de produtos químicos para remover, degradar ou transformar substâncias indesejadas no efluente. Saiba quais são os principais.
- Clarificação química: esse procedimento envolve a adição de produtos químicos coagulantes, como sulfato de alumínio ou cloreto férrico, para aglutinar partículas suspensas no efluente. Em seguida, agentes floculantes, como polímeros coagulantes, são adicionados para formar flocos maiores que facilitam a remoção.
- Eletrocoagulação: a eletrocoagulação é um processo em que uma corrente elétrica é aplicada ao efluente contendo íons metálicos, facilitando sua remoção por coagulação. Esse processo é eficaz na remoção de metais pesados e outros compostos.
- Cloração: já aqui ocorre um processo em que o efluente é tratado com cloro ou compostos de cloro para desinfecção, eliminando microrganismos patogênicos presentes no efluente.
- Oxidação: a oxidação utiliza oxidantes, como cloro, ozônio ou peróxido de hidrogênio, para promover a decomposição de compostos tóxicos ou recalcitrantes no efluente. Esses oxidantes reagem com as substâncias indesejadas, convertendo-as em formas menos prejudiciais ou mais facilmente removíveis.
- Redução química: esse é um processo em que agentes redutores são utilizados para converter compostos tóxicos em formas menos nocivas.
- Precipitação química: outra importante técnica em que reagentes químicos são adicionados ao efluente para converter compostos indesejados em sólidos insolúveis, que podem ser separados do líquido.
Processos biológicos
Os processos biológicos utilizam microrganismos para degradar a matéria orgânica presente no efluente. Esses microrganismos podem ser aeróbicos (que requerem oxigênio) ou anaeróbicos (que operam na ausência de oxigênio). Entenda mais sobre esses procedimentos.
- Processos aeróbios: utilizam microrganismos que requerem oxigênio para decompor a matéria orgânica presente no efluente. Exemplos de processos aeróbios incluem lodos ativados, onde o efluente é misturado com microrganismos aeróbios em um tanque de aeração, e filtros biológicos, onde o efluente é percolado através de um meio de suporte onde os microrganismos aderem e degradam a matéria orgânica.
- Processos facultativos: são aqueles em que os microrganismos podem operar tanto na presença quanto na ausência de oxigênio. As lagoas de estabilização são um exemplo de processo facultativo, onde o efluente é armazenado em lagoas rasas por um período prolongado, permitindo a ação de microrganismos aeróbios e anaeróbios na decomposição da matéria orgânica.
- Processos anaeróbios: ocorrem na ausência de oxigênio e são realizados por microrganismos anaeróbios. Os reatores anaeróbios, como o reator de fluxo ascendente de manta de lodo (UASB) e o reator anaeróbio de leito fixo (AFBR), são exemplos de processos anaeróbios utilizados no tratamento de efluentes industriais. Esses reatores convertem a matéria orgânica em biogás, composto principalmente de metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2).
O tratamento de efluentes industriais é um processo complexo que envolve a utilização de diferentes processos físicos, químicos e biológicos para remover impurezas, substâncias tóxicas e matéria orgânica dos efluentes. A combinação adequada desses processos é essencial para garantir a eficiência e a sustentabilidade do tratamento.
Ao adotar práticas de tratamento de efluentes adequadas e implementar tecnologias inovadoras, as indústrias podem minimizar o impacto ambiental de suas atividades, promovendo a preservação dos recursos hídricos e o cumprimento das regulamentações ambientais.
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